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Mendigar-te

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Lembra-te de quando mergulhastes em mim? Em meus seios, em minha boca... prazer sem fim.... Mas teve um fim. Brusco. Dilacerado. Obcecado. Doído. Do fundo de meu peito apertado escorrem, até hoje, lágrimas de caco de vidro de porcelana de tudo o que é cortante no mundo. Seu toque suave deixou de ser macio e se tornou áspero, bárbaro, e eu diria, até, ríspido. Não sei ao certo dizer de quem foi a culpa: das minhas inconstâncias; dos teus exageros. Mas sei que, nessa mendicância de carinho nós dois acabamos sozinhos.