Alleluia, succubus
Quanto mais eu me esforço, menos minhas pernas respondem. O que começou com uma corrida à todo vapor agora é um tropeço sem fôlego e sem ritmo. A única coisa que meu cérebro consegue pensar é "ela vai me alcançar, ela vai me alcançar, ela vai me alcançar." Tropeço numa pedra - de um tamanho tão mínimo que numa situação normal seria chutada longe por mim. Caio, rolo por uns 2 metros e bato a cabeça num carrinho de mão muito velho e enferrujado. "Será que eu corri até algum lugar habitado?". Ah, esperança vã. Não tenho forças pra me levantar, muito menos para continuar correndo. Levo minha mão até minha testa e noto um corte onde bati com a cabeça. O sangue empapa as pontas da minha luva e seu cheiro ferroso é absorvido pelo meu nariz. "Que morte patética, fugindo de algo que só eu vejo... Achei que minha morte seria muito mais glamurosa, uma overdose talvez, qualquer coisa! Pelo visto, minha morte será tão desprezível como eu fui minha vida toda..." Chega