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Ponho Billy Joel para tocar no rádio. Um arrepio percorre todo o meu corpo. Tenho consciência da minha pequenez em frente ao Universo, ao planeta e, até mesmo, a minha vizinhança em si. Sabe a única coisa que me fazia sentir maior? Maior não, mas ao menos importante... era você, o teu toque, tua voz como doce melodia assobiada levemente aos meus tímpanos e interpretada como adrenalina pelo meu cérebro. Aquela doçura misturada com selvageria; quase um clímax mental, só de te ouvir falar.
Mas eu perdi isso, assim como perdi várias outras coisas. Perdi a mim mesma, inclusive. Não sei mais ser aquela quem eu era antes - e nem sei se quero!
O que eu quero, mesmo, é me afogar numa imensidão escura, claustrofóbica e calma. Estranho ver palavras tão opostas juntas, não? Nem tanto. O escape não é igual para todos. As vezes a angústia pode ser minha única saída do tédio colossal atual.
Recorrentemente tenho me sentido como os poetas da segunda fase do Romantismo brasileiro: sem vivacidade, apenas esperando cada dia passar, como se nada de bom me esperasse. Aliás, eu verdadeiramente duvido que espere. Tenho plena consciência de quem sou, onde estou. Não sou de me iludir, nunca fui.
Provavelmente você se encontra em cada trecho lido anteriormente, mas não admite pra si mesmo. Você prefere "continuar" no controle - controle esse que você nunca teve.

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