Chuvas de Um Verão Apaixonado - Giulia Rizzuto Rosa
Chove, uma calma e serena chuva. É mais uma dessas chuvas de
verão: tão de repente quando chegam, vão embora. Parece até a paixão que eu
sentia, ou melhor, ainda sinto por você. Veio do nada, nas primeiras conversas,
mas pelo jeito não vai ir embora tão de repente. Como a chuva tem seus trovões
antes de realmente começar, você deu seus sinais que correspondia ao que eu
sentia, mas não, eram apenas trovões, daqueles que não trazem a verdadeira
chuva de verão. Sabe, eu queria que essa minha chuva apaixonada fosse a sua
chuva também, e juntas se tornassem uma tempestade. Daquelas tempestades
torrenciais onde tudo o que fazemos é aproveitar enquanto ela existe. Mas não, a paixão é apenas do meu lado, a
chuva é apenas minha e, sozinha, nunca se tornará uma dessas tempestades de
paixão correspondida. Mas decida-se: corresponder a chuva genuína que eu te
ofereço ou esperar que alguém, que está em tempestade com outro, venha
corresponder a tua chuva? Pois é, chuvas são um tanto quanto boas, mas também
trazem desilusões. Tal qual as paixões.
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